Poesia Extraída do Livro Os Elementos do Caos
As palavras vão comigo
preciso de companhia.
Os gestos deixo contigo
são de bem que eu te queria.
Vou porque tenho de ir
não levo pena de nada.
Meu sonho foi existir,
meu amor a minha estrada.
Não recebi que bastasse
ao engano de quem sou,
e, por mais que me entregasse,
um morto sempre restou.
Entreguei a minha crença
ao nada que me pariu,
morro da mesma doença
do deus que me redimiu.
Miguel Cirilo dos Santos Filho
No poema fica evidente o medo que meu tio Miguelzinho tinha da morte. Medo esse que o fez nos deixar mais cedo. Tio Miguel achava que tinha câncer na próstata e não procurou um médico. Passou meses, talvez anos com uma infecção urinária que generalizou-se.
Neste dia de finados, que meu tio Miguel e meus amigos e parentes queridos que já partiram, encontrem nos reinos dos céus a paz que talvez nunca encontraram na terra. E com a certeza na ressurreição, hoje não sinto mais tristeza e só saudades no coração.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário