quarta-feira, 26 de setembro de 2007

PAIS DE U.T.I.

1a Parte: NOSSA PRIMEIRA EXPERIÊNCIA COMO PAIS

Conheci minha esposa no final de 2002. Foi o que podemos chamar de "amor a primeira vista", pois ambos estávamos saindo de relacionamentos longos e conturbados, e um novo compromisso talvez não fosse a melhor saída. Mesmo assim tentamos, e em janeiro de 2003 assumimos o namoro. Em junho de 2003, mais precisamente no dia dos namorados noivamos, e assim, começamos a fazer planos para casarmos em 2004. No começo do ano que pretendíamos nos casar, Sheila descobriu que estava grávida. Confesso que ficamos surpresos e apreensivos, pois não tínhamos planejado ainda um bebê. Os planos de casarmos com festa, convidados, etc., foram da água abaixo, e passamos a nos concentrarmos em comprar os móveis e os objetos pra receber o bebê.

Mesmo não sendo um plano de saúde dos melhores, demos graças a Deus minha esposa está acobertada pela Hapvida, não sabíamos nós que este nos traria grandes angustias, pois no 3º mês um exame de rotina pedido pela ginecologista, nos traria a angustia comentada antes. Ao receber normalmente os exames no balcão do hospital Antônio Prudente, abrimos antes de levarmos a ginecologista que acompanhava minha esposa. O resultado "Hepatite C positivo" nos deixou bastante confusos, e dali mesmo ligamos pra médica e fomos ao seu consultório. Ao chegar lá, a médica olhou os exames e nos encaminhou imediatamente pra uma infectologista. A infectologista olhou os exames e assustada, pediu imediatamente novos exames, que foram encaminhados para fazer à contra prova fora do estado. Foram 15 dias de sofrimento e muitas orações aguardando o resultado. Graças a Deus o resultado chegou e comprovou que não passou de um erro do hospital, que se quer nos chamou para fazer uma contra prova.

No 5º mês descobrimos que era uma menina, e no mesmo dia já lhes demos um nome de Ingrid Taishe.

Os meses se passaram e perto do dia "D" para Ingrid nascer, o plano nos pregaria mais uma peça, não cobriria o parto, pois alegara que minha esposa teria que aguardar mais 10 dias para cumprir a carência. Não sei se foi falta de atenção nossa, ou os planos que nos enrolam mesmo, mas o engraçado é que só tomamos conhecimentos de certas coisas quando precisamos, pois a princípio, quando fizemos o referido plano, o mesmo não falava nessa carência, pois vínhamos já de um outro plano e eles teriam compro essa carência. Pois bem, como o parto não podia esperar, pois a ginecologista disse que não dava para aguardar os 10 dias, procuramos saber o valor do parto particular, e descobrimos não ter condições de pagar. Então procuramos uma amiga que trabalhava na área, e a mesma informou que a Clínica Materna, hoje fechada, fazia partos pelo SUS. Foi lá que nossa Ingrid Taishe hoje com 03 anos nasceu através de intervenção cirúrgica com 3 kg e 300gr e 49 cm. Ingrid que mamou regulamente até os 2 anos, hoje é uma menina saudável.

2ª Parte: NOSSO SEGUNDO FILHO TAMBÉM NÃO FOI PLANEJADO

Com uma filha de 03 anos, começávamos a ter mais liberdade e a curtirmos a vida a dois, uma vez que, nossa filha quando precisávamos sair a noite ficava com seus avós maternos. Chegamos inclusive a fazer planos de passar o próximo carnaval a sós e assim ter nossa tão sonhada lua de mel. Minha esposa, que sempre se perdia no compromisso de tomar os comprimidos anticoncepcionais, resolveu colocar um DIU, mas para isso, teria que parar de tomar o remédio. Nesse período de parar e colocar o diu, ao ir à ginecologista, descobriu que estava grávida do nosso segundo filho. Mas, como estávamos mais amadurecidos e experientes por ter Ingrid há 03 anos, não nos apavoramos tanto, pois passávamos em ter um outro filho sim, só que não agora. E assim começamos a nos preparar para chegada de Hugo.

Como estávamos mais preparados psicologicamente e até financeiramente, o período de gestação de Hugo não foi conturbado, só na reta final, descobrimos que minha esposa estava com pouco líquido e assim foi preciso fazer uma monitoragem até o grande dia. Então, no último dia 23 de agosto de 2007, no hospital PAPIi, também através de procedimento cirúrgico, nosso filho Hugo Touché nasceu com 2.965 gr e 50cm.

3ª Parte: NOSSO FILHO FOI PRA UTI...

PRIMEIRO DIA

Dizem que os pais e principalmente as mães sentem quando algo não está bem com seus filhos. Não sei se é porque realmente sou nervoso quanto a doenças, mas, quando minha cunhada saiu da sala de parto acompanhada da pediatra e disse que tudo estava bem que só iam limpar nosso filho, alguma coisa nos olhos da médica entregou que não era bem assim. Fomos então pra uma janela que dava acesso ao berçário e dali em diante o que seria pra ser só alegria começa a se transformar em tristeza e angustia. A médica que limpava meu filho, aparentemente nervosa, colocou-o imediatamente no que deram o nome capacete, e até carão levou de outra médica que parecia ser sua chefa. Até então ninguém nos comunicava o que se passava. Confesso que subi e desci as escadas do hospital por dezena de vezes, na esperança que em alguma hora que eu voltasse meu filho não estivesse mais ali e pudesse subir para o quarto. Foi quando chegou o resto dos familiares da minha esposa e subimos para o apartamento. Minha esposa queria ver nosso filho, e não parava de perguntar por ele, mas, a única informação que tínhamos é que ele estava no oxigênio e que era um procedimento normal, uma vez que, ele não tinha nascido de 09 meses e deveria permanecer ali por 2 horas. Passada às 02 horas, não agüentando de tanta angustia, procurei a UTI para me informar sobre o quadro do nosso filho; disseram que ele continuava cansado e passaria a noite lá.

No outro dia ao voltar a UTI para saber notícias do nosso filho, uma médica (trato médica porque até então ninguém sabia nome de ninguém) disse que exames teriam apontado uma mancha no pulmão e que ele continuava no capacete. Quando você entra pela primeira vez numa UTI-NEO-NATAL tudo é novo para você, então comecei a querer entender tudo. Primeiro vi um quadro com fotos das crianças que ali passaram, então achei que seria interessante ler os cartões de agradecimentos e ver as fotos, que chegavam a mais de 100 , antes de entrar pra ver nosso filho. O problema é que ao começar ver as fotos fui imaginando; ah, se esses tão pequeninhos venceram, o nosso também vencerá! Só que tinha três cartões de despedida, agradecendo o esforço dos médicos e tal, pois os bebês estavam no céu. Aqueles três me fizeram esquecer dos 97. Chefe de uma UTI, jamais eu deixaria aqueles cartões a amostra. Então entramos para ver nosso filho, e sem ninguém me relatar realmente o que estava acontecendo, vimos nosso garoto cheio de fios, tubos e a cabeça enfaixada, além de um bip insuportável, que aumentava minha preocupação. Não agüentei ficar ali por muito tempo, e sai dali e fui correndo para uma igreja pedir pela restauração da saúde do nosso filho. No meio do caminho, liguei para uma tia minha de muita fé e pedi que ela orasse por ele, no meio da conversa desabei, chorei tanto que parei o carro e entrei na catedral nova e aos pés de nossa senhora, rezei por alguns minutos, e fiquei aguardando a missa das 10 horas que começaria logo em seguida. Um senhor que rezava ao meu lado, me acompanhou até o local que aconteceria a missa e disse; "tenha calma meu filho, tudo dará certo". Ajoelhei-me e rezei com muita fé pela restauração de sua saúde, mas confesso que por alguns minutos fraquejava e imaginava que ele não ia sobreviver, até mesmo por essa coisa de UTI já significar pra nós leigos, uma espécie de “última chance”. Às 11 horas voltei pra o hospital e isso já fazia 15 horas que nosso filho estava lá, no tal capacete. Quando cheguei no hospital, eu e minha esposa, fomos até a UTI e lá várias informações nos foi passada, a pior delas foi um diagnóstico de uma médica que sempre parecia muito ocupada e apressada que nos disse; "seu filho está com uma infecção generalizada". Pra quem lida com isso todo dia, deve ser muito lindo dizer pra alguém tal frase, mas, imagine um pai e uma mãe, que viram todos aqueles bebês que nasceram nos horários parecidos e até depois do seu, estarem indo pro apartamento e até recebendo alta, enquanto o seu não se sabe nem de que está sofrendo? Minha esposa ficou desesperada e não parava de chorar, então, entramos, conversamos com ele e rezamos, foi quando começamos a ser acalmados por um ANJO de nome Livramento (enfermeira), que começou a nos dizer realmente o quadro dele e mostrar as outras crianças que estavam ali, umas com 03 meses de UTI e outras aparentemente com quadros bem piores que o dele (digo aparentemente, pois não quero ser hipócrita de dizer que por mais que alguém lhe acalme mostrando o problema dos outros, seu filho é seu filho). Então nos acalmamos um pouco e subimos para o quarto, onde deixei minha esposa no apartamento e fui para casa. Ficamos nos falando por telefone. Minha esposa acompanhava as informações via interfone.

SEGUNDO DIA

Fui acordado com uma notícia horrível. Uma tia minha me ligou do interior, dizendo que o filho de um primo legítimo, o qual amo como a um irmão, e que tinha me ligado pra me acalmar no dia que soube do problema do meu, havia falecido após nascer. Segundo minha tia, a esposa do meu primo não tinha passagem e como lá (Cruzeta) não tinha como fazer o parto de outra forma, forçaram até matar a criança e quase também a mãe (Esse tipo de coisa acontece em Cruzeta e São José do Seridó com freqüência) e acredito que estão maquiando números para isso não vim à tona.

Voltando ao meu caso - Imagine alguém passando o que estávamos passando receber uma notícia dessas, aquilo não foi um balde, foi uma geladeira de água fria sobre minhas esperanças. Então fui para o hospital, chorando muito, mas ao chegar no quarto não contei a minha esposa, mas ela notou que eu estava triste, só que eu disse que era de preocupação. Então fomos pra UTI. Lá chegando fomos recebidos pela pediatra de plantão que conversou conosco (Essa conversou mesmo, mas também não se apresentou), então ela deu o diagnóstico de pneumonia e nos acalmou. Ao chegarmos do lado do berço, após fazermos todo aquele ritual de lavar as mãos, passar o gel, e irmos conversar e rezar com Hugo, nosso anjo, ou melhor, anja, ah não, anjo mesmo, afinal anjo não tem sexo (risos), enfim, Livramento, contou que ele teve uma noite de recuperação, havia saído do capacete e estava só com um pouco de oxigênio na incubadora, mas, continuava com uma sonda pra se alimentar, uma de soro para reidratar e aquelas fios da oxigenação e pra acompanhar o coração. Já imaginou quanto tínhamos nos acalmado no primeiro dia se alguém tivesse nos explicado assim as coisas? As notícias que tivemos nesse dia eram boas, e talvez no outro dia ele começasse a mamar. Fui para casa e matinha contato com a minha esposa que recebia informações via interfone.

TERCEIRO DIA

A notícia não podia ser melhor; Hugo saiu do oxigênio e finalmente minha esposa poderia amamentá-lo. Naquela hora, tive enfim a certeza que traríamos nosso filho pra casa. E quem estava lá do lado? Claro o anjo Livramento. Hugo mamou bem e fomos embora radiantes. Três horas depois, voltamos para UTI, Sheila daria de mamar pela segunda vez, mas, infelizmente isso não foi possível, pois uma ducha de água fria cairia sobre nossas cabeças, Hugo voltara a dar uma cianose. Mas que danado é cianose? Perguntamos a enfermeira (Livramento não estava), que nos mandou procurarmos o médico. Esse não estava na UTI, estava no descanso, e ao chegar com a cara de ressaca, sim ressaca, pelo menos é o que aparentava o mesmo disse-nos que ele voltou a ficar roxinho e por isso voltou para o oxigênio, deu meia volta e voltou para o quarto. E a tal cianose? Será que o roxinho já era outra coisa? É ruim não entender de medicina, e o pior é ninguém lhe explicar! Então, voltamos para o quarto e minha esposa recebeu alta. Fomos para casa e passamos a noite ligando pra saber se ele tinha dado de novo a tal cianose.

QUARTO DIA

Sheila tendo recebido alta, ficamos indo ao hospital sempre nos intervalos; antes de ir trabalhar - no horário do almoço - após o jantar. E o quadro de Hugo progredia, e mesmo tendo a tal cianose, não estava mais no oxigênio, tinha saído do soro, e voltaria a mamar em breve. Fomos para casa mais aliviados. Ficamos ligando de casa e monitorando o estado de saúde dele.


QUINTO DIA

Ao chegarmos pela manhã Huguinho já estava no berço normal, só com um catete para tomar o antibiótico. Sheila o deu de mamar e em seguida ele voltou pro berço e fomos embora. Cumprimos os horários e vimos que seu quadro estava melhorando. Eu falei vimos, pois ninguém veio nos contar isso. Só diziam que o seu estado era estável.

SEXTO DIA

Foi um dia normal, fomos lá amamentá-lo todos os horários, inclusive minha esposa levava leite para ele e para os outros bebês. Ao perguntar sobre o quadro dele, tínhamos estável como resposta.

SÉTIMO DIA

Pela manhã minha esposa o amamentou. Ao meio dia voltamos lá e voltamos pra casa certos que Huguinho receberia alta provavelmente nas próximas 24 horas. Quando voltamos as 15:00 horas, fomos surpreendidos por uma médica, que nos disse; ele voltou a ficar cianótico? Imaginem vocês, parecia que o menino piorava, todas as vezes que recebíamos a notícia que sua alta estava próxima. Ai veio o problemão, a médica olhou pra gente e disse e não foi só uma vez, foram duas vezes que ele ficou roxinho e até pro oxigênio ele voltou. O curioso, é que todas as vezes que ele ficou roxinho ou teve a cianose, pois pelo o que dava pra entender "a mesma coisa", Livramento não estava, e ambas as vezes o colocaram de papo pra cima - isso era uma conversa paralela que eu e minha esposa levávamos, ai foi quando a médica nos chamou e disse que começou a trabalhar com a hipótese de refluxo, mas, iria também passar um exame para ver se o garoto não era cardiopata. Cardiopata? Deve ser alguma doença de pata imaginei (risos). Brincadeira, essa doença ai dava pra entender (mesmo a médica não explicando, pois ela não explicou) pelo cardio que entendíamos como algo no coração. Então voltamos pra casa, com outras duas hipóteses; coração ou refluxo? E a cianose, a roxidão e a infecção? Não eram mais problemas? Todas essas perguntas passavam por nossas cabeças. Mas, como sabíamos que ambas as vezes que ele ficou roxinho o colocaram de papo pra cima, o refluxo era o mais óbvio.

OITAVO DIA

Ligamos para o hospital e fomos comunicados que o exame seria realizado a tarde. Fomos aos horários de costume amamentá-lo. Minha esposa disse que queria acompanhar o exame e assim foi. Eu estava no trabalho quando ela ligou e disse; "Amor ele não tem nada no coração", deve ser refluxo mesmo, me ajoelhei e agradeci a Deus, depois abracei alguns colegas de trabalho e fui correndo para o hospital. Lá chegando, a médica nos comunicou que já estava trabalhando com remédios para o refluxo e que os exames de sangue acusaram que a infecção estava contida, e que em breve ele iria pra o apartamento. Fomos para casa com a certeza que agora sim; sabíamos e tínhamos certeza que nosso filho ficaria bem.

NONO DIA

Ligamos para o hospital e recebemos a notícia que Hugo até que enfim, iria para o apartamento. Fomos para o hospital e minha esposa ficou com Hugo no apartamento. Parecia que ele havia nascido naquele dia, e que, os 08 dias passados, foi um pesadelo que não desejaríamos a ninguém.

DÉCIMO DIA

Colheram sangue de Hugo bem cedo, e a tarde comunicaram que ele receberia alta nas próximas 24 horas provavelmente.

DÉCIMO PRIMEIRO DIA

Hugo enfim recebeu alta e desse dia para cá, não tem apresentado nenhum problema. Inclusive seu pediatra (Dr. Rui Oliveira) acha que nos próximos dias, até o remédio do refluxo ele deixará de tomar.


4ª parte: ANÁLISE

DO PLANO DE SAÚDE (UNIMED)

Nunca me senti tão satisfeito em ter mudado de plano. Mesmo pagando mais caro, nos sentimos respeitados e o plano atendeu tudo como estava no contrato, diferente do outro que tínhamos (Hapvida), que só nos deu dor de cabeço pelos 04 anos que fomos seus clientes.

DO HOSPITAL (PAPI)

Não tenho muito do que reclamar do hospital, pois, nunca havia passado tantos dias entrando e saindo de um. Mas, se eu fosse sugerir, teria mais rigor sobre as pessoas que entram e saem do hospital, não existe rigor quanto a isso, nem se quer na UTI. Se alguém disser que é o pai ou a mãe de qualquer bebê daquele, consegue entrar sem maiores problemas. Outra coisa que me chamou muita a atenção, foi quanto o cuidado com a infecção hospitalar, hoje causa de várias mortes em hospitais. O hospital em si é limpo, mas, vi por várias vezes enfermeiras trazerem mochilas e entrarem na UTI com elas e as colocarem no chão. Também achei estranho o pessoal da manutenção dos ares-condicionados entrarem com suas ferramentas e seus fardamentos sujos.

Uma coisa que não entendi é a não permanência da mãe no hospital se é tão importante para o filho a sua presença, porque ela vai pra casa? Fiquei me perguntando sobre aqueles pais que moram longe, que não possuem veículos próprios, como faziam pra ta no hospital de 03 em 03 horas?




DA UTI

Poderia ter um médico fixo, como um encarregado que contaria aos pais porque o bebê foi pra lá. Esse sentaria com os pais todos os dias e explicaria o quadro e o que está sendo feito para restabelecer a saúde do bebe, deixando assim os pais mais calmos, onde esses passariam isso para seus filhos.

DOS MÉDICOS

Acho que todo médico, principalmente de uma UTI-NEO deveria se colocar no lugar dos pais que estão ali. Ficamos atordoados com tantas informações desencontradas. E o pior é quando você está vivendo isso e vê alguém ao seu lado recebendo um outro tipo de informação, uma informação mais detalhada, apenas por ter alguém da família na área (médica) que ligou para a pediatra e deve ter dito; "olhe, esses dai são meus viu, trate-os como se deve tratar".

Isso é uma opinião própria, mas acho que o médico, está ali vendendo seu serviço e como qualquer um outro profissional, deveria se comportar como tal, tratando bem seus clientes sem diferenciá-los, como os tratamos quando eles nos procuram nos nossos estabelecimentos, onde se puder, eu explico a ele até onde foi inseminada a vaca que deu cria ao boi que ele veio comprar a carne pra fazer seu churrasco (Trabalho pra uma rede de Supermercados). O médico deveria agir também assim, principalmente por sermos completamente leigos no assunto.

Em minha opinião, os médicos dos quais tivemos contato no PAPI, imaginam que jamais entenderíamos o que é uma simples cianose, por isso, sai de lá sem saber o que era até o dia que o pediatra do meu filho *Dr. Rui” me explicou;

DAS ENFERMEIRAS

Talvez reclamaríamos delas do descuido de terem colocado nosso filho de papo pra cima logo depois de mamar. Ou quem sabe agradecer, do contrário talvez não tivessem descoberto o problema dele. Mas, lá tivemos a certeza também que Anjos ou Anjas ainda existem, e conhecemos uma de nome Livramento.


5ª PARTE: REFLEXÃO

Acho que tudo que passamos nessa vida de ruim temos algo de bom pra tirar. Nós (Eu e minha esposa) aumentamos ainda mais nossa fé, nos fortalecemos como família e tivemos a certeza que como nós, Hugo já é abençoado, pois, quando ele entrou na UTI, vários bebês começaram a receber alta, alguns bebês estavam ali a mais de 03 meses. Quando ele recebeu alta, não tinha mais nenhum bebê em sua ala, ele foi o último a sair de lá. Não sei se foi apenas coincidência essas crianças receberem alta, só sabemos que em nenhum momento rezávamos só por ele, pois fazíamos questão de rezar e saber como estavam as outras crianças todos os dias.

Outra coisa que nos chamou a atenção foi à importância da doação de leite. Minha esposa que tinha sido doadora quando teve nossa primeira filha, passou a ser pelo menos por um dia recebedora deste. Sabendo da importância do leite materno para as crianças pré-maturas e que nascem como nosso Hugo, já fizemos sua inscrição para novamente ser doadora e assim esse leite salvar vidas.

Agradecemos à oportunidade a Dr. Rui Oliveira, de contar um pouco tudo que vivenciamos durante os 08 dias que nosso filho ficou na UTI. Que esse nosso depoimento sirva de alguma forma para as autoridades e hospitais tomarem conhecimento sobre o quanto sofrem "Os pais de UTI" que pela falta de um simples diálogo entre médicos e pais, torna a permanência do filho numa UTI-NEO um verdadeiro calvário.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

NOVO BLOG...

Oi caros amigos,

Estamos desenvolvendo o novo www.saojosedoserido.com então também achei que devia fazer um novo blog, mas dinâmico e mais a minha cara.

Então é só aguardar e conferir as novidades que vocês escontrarão aqui e no novo site de São José do Seridó.

Até lá.