Tem pessoas na nossa vida que nunca serão esquecidas. Ontem, ao visitar o orkut de Juliete minha prima, me deparei com esta foto acima. Ao vê-la passou toda uma época vivida na convivência de alguém tão especial, seu Júlio Cadete, o nosso querido Julhinho.
Confesso que me emocionei ao lembrar o quanto Julhinho foi importante, seu humor, sua força e sua amizade. Quando Julhinho adoeceu, fui visitá-lo apenas duas vezes, não sou bom em ver pessoas que amo sofrendo, saía da visita arrasado, como se um pouco de mim estivesse morrendo, e realmente tava, pois acredito que as pessoas quando morrem deixam um pouco delas conosco, mas, levam também um muito, e ers assim que me sentia.
No dia que Julhinho faleceu, eu tentava convencer Jackson a não abandonar seus compromissos políticos devido ao estado crítico de saúde do seu cunhado Gimmy, mas, quando a notícia chegou que Julhinho havia falecido, foi como uma ducha fria nos meus argumentos. Fiquei desnorteado, mas, eu tinha que mostrar forças e rezei muito, assim meu sub-consciente fez de conta que ele ainda não tinha partido. Como o sepultamento ocorrera em Natal, não fui, era outra tática do meu sub-consciente para não desabar, mas, com 07 dias depois, na missa de 7º dia, veio a realidade à tona e o baque, perdi um amigo, um conselheiro, um companheiro, e porque não dizer muitas vezes, um pai. Enquanto todo mundo já se conformara com a perda, eu chorava que chamava à atenção dos presentes, pois para mim Julhinho acabara de falecer naquele dia.
Nunca tive a oportunidade de dizer o quanto eu o admirava, o respeitava e o amava, mas, ele lá no céu sabe e olha por todos nós, pois eu sempre notei que tudo que eu sentia por ele era recíproco.
Vou ficando por aqui, pois as lágrimas não param de cair, não são lágrimas de tristeza, mas de saudades, de eternas saudades...
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