HISTÓRIA DE SÃO JOSÉ...

Esta semana sonhei com meu amigo José Medeiros, o nosso “Zé Calango”. Realmente o sonho foi tão real que me deu vontade de fazer mais uma homenagem ao meu amigo.

No dia que Zé Calango morreu em um acidente de carro, lembro que estávamos conversando horas antes sobre política em frente à casa de Deca. Eu o perguntava quem seria os candidatos contra Jackson e Noel em 2012. Ele sorriu e disse: Deve ser André e eu, André de Prefeito e eu de Vice só pra Viçar.

Todo mundo caiu na gargalhada, era típico de Zé fazer a gente rir, como numa festa de Cruzeta, Papai o convidou pra ir trabalhar na barraca da igreja e Zé foi. Papai disse que todos se alimentariam na casa da minha tia Neta. Zé Calango saia todo o dia e todos achavam que ia lanchar. No terceiro dia, Zé desmaiou na frente de todo mundo. Papai correu e pensou que Zé tinha tido um ataque de epilepsia e perguntou: Zé você é epiléptico? Não seu Assis, é fome mesmo! Zé saia pra ir comer lá em tia Neta, mas, nunca chegou lá.

Nem na hora do perrengue Zé Calango perdia o bom humor, a exemplo de uma briga dele com Quequê. Zé era de uma turma chamada aqui dos “Trombadinhas” e certo dia juntou a turma para brigar com Quequê. Era carnaval e acontecia uma matinê no antigo clube e era lá que Zé Calango queria “pegar” Quequê. Quando o avistaram lhe cercaram e Zé foi logo dizendo: É hoje que você vai apanhar. Também 04 contra 01 é covardia, no entanto, Quequê não era qualquer um, tinha 14 anos, mas parecia ter bem mais, alto, forte e brigava como ninguém, e Zé sabia disso e por isso foi com os amigos enfrentá-lo.

Quando começou o confronto, Quequê esperou um de cada vez, deu um “tapaoi” em Pinico, uma “rasteira” em Cabral e uma “queda de corpo” em Gildo, só faltava Zé Calango. Quando Zé partiu pra cima de Quequê levou um chute no pé da barriga e caiu no canto sem fôlego. O valentão foi aplaudido por todos que depois foram perguntar a Zé Calango.

E ai Zé, como você explica vocês quatro apanharem de Quequê?

Zé respondeu: Também ele só dar em canto mortá!

Isso foi resenha por muito tempo. Que saudade do meu amigo Zé Calango, do seu humor, das suas prosas sobre política, de vê-lo montado no seu jumento. Mas, Zé deve estar lá no céu nos vendo e nos protegendo, disse eu não tenho dúvida.