quarta-feira, 26 de novembro de 2008

AS COISAS COMO ELAS SÃO...



Há exatamente 10 anos levantei uma bandeira quase que sozinho. Numa época que a oposição só existia durante campanhas eleitorais, comecei um trabalho em mostrar a população o quanto os que por décadas administravam nosso município estavam errados. No começo fui xingado, ameaçado e tinha até medo de visitar nossa cidade, no entanto, algumas pessoas começaram a entender o que eu estava pretendendo fazer e se engajaram nesta luta.

A primeira providência foi a fundação de um partido, daí se deu a criação do PT (Partido dos Trabalhadores), que tinha o mestre Josimar à frente, além de José Roberto, Letice, Miúda, Joaquim Francisco, Carlão, Lalá Carcará, Jocildo, Carlos Felipe, Nó Cego, entre outros.

Com a criação do PT, várias reuniões foram feitas visando à campanha do ano de 2004. Assim, foi convidado o empresário Noel Carcará, para se filiar ao partido e concorrer às futuras eleições. Dentro do partido, sempre existiu à vontade de sair na cabeça, sem coligações, no entanto, um grupo mais sensato sabia que se não existisse a união com o PMDB, o sonho seria impossível. A aliança com o PMDB foi feita, mesmo que contrariando a vontade de alguns nomes.

Com nenhuma experiência em campanhas eleitorais, colocamos o “bloco na rua”, fizemos uma linda campanha, mas, no dia “H” perdemos a eleição, por pouco é verdade, 54 votos adiaram nosso sonho. Não desistimos e no dia seguinte a eleição, já estávamos novamente em uma nova campanha que duraria exatos 04 anos, só que no meio teria a campanha para o governo do estado.

A eleição de governo foi uma nova “batalha”, batalha esta que nos debruçamos em fazer algo diferente, até por perceber que ela seria um reflexo para 2008. Mesmo Garibaldi perdendo no estado, ganhamos em nossa cidade, e olhem que em ambos os turnos. A campanha foi na verdade um treinamento para a campanha futura.

Durante este tempo “04 anos” não paramos de mostrar aos são-joseenses o quando era maléfico para o município o rodízio que existia entre o Sr. João Bosco e o Sr. João Lázaro. Mostramos corrupção, improbidade administrativa, abuso de poder, enfim, fizemos um raio-x da situação que nunca foi o “oásis” que sempre pregaram.

Em 2008, ano da eleição que traria um “novo tempo” para nossa cidade, começamos a nos articular e planejar estratégias. Estas foram desenvolvidas até o dia 1º de maio de 2008. Data que começamos a nos reunir e planejar como faríamos nossa campanha. No começo eram realizadas reuniões quinzenais, depois semanais, e ao final da campanha diárias. Foram 05 meses de trabalho, onde eu, Débora (MINHA IRMÃ-FOTO), José Roberto, Josimar, Jocildo, Saul, entre outros coordenadores, trabalhamos voluntariamente para realizar o sonho de muitos são-joseenses.

Após as urnas serem abertas, a confirmação que todo O nosso trabalho não teria sido em vão, e foi refletido na maioria obtida.


AS COISAS COMO ELAS SÃO:

Tudo que fiz, fiz sem nunca pensar em benefício próprio ou para a minha família, e faria tudo novamente, mas, no momento que Débora e eu somos convidados por merecimento a fazer parte da gestão que certamente mudará a realidade no nosso município, algumas pessoas que se esconderam atrás de desculpas ou por medo mesmo, hoje julgam injusta a nomeação minha e de minha irmã, apenas por sermos da mesma família.

Será que esta indagação não deveria ter sido feita quando Débora, presidente do PV local, delegada da coligação, deixava sua família de lado, suas coisas, e se dedicava de corpo e alma a campanha, diferente da maioria que só pensava em diversão durante os atos políticos? Será que alguém não era pra ter me alertado; “Olhe Touché, não deixe seu trabalho e sua família lá em Natal para vim ajudar Jackson Dantas e Noel Carcará, você pode se prejudicar perante seus patrões e sua esposa, afinal você é irmão de Débora que já tem um fardo grande”. Mas não, ninguém nunca se quer se lembrou que somos irmãos, mesmo Débora sendo presidente do PV e eu Secretário do PMDB. Sabe porque nunca isto foi relevante, pelo simples motivo deste cargos e o trabalho que executávamos não ser remunerados.

Então, que as pessoas não nos julguem apenas pelo parentesco, mas, por nossas ações. Se não realizarmos um trabalho competente e digno na função para qual fomos indicados, tenho à certeza que o parentesco não influenciará nas futuras decisões dos nossos administradores.

Um comentário:

Anônimo disse...

Muito certo Touché, assino sem medo de errar, em negrito, suas palavras.Dá-se importância a quem realmente é importante.