Era festa de padroeiro da nossa cidade e como não temos “Cabaré” durante este período, mulheres que gostam da “vida fácil” vinham de todos os lugares e faziam ponto próximo ao rio São José.
Tio Eli nunca foi mulherengo, mas, sempre gostou de tomar umas, e às vezes demorava pra chegar em casa. Teve um dia que ele sumiu por um bom tempo e Isabel (sua esposa) o procurou por todos os bares de São José e não o encontrou. Então imaginou que Tio Eli estivesse lá pelo rio, mas, jamais iria procurá-lo lá.
Já na casa da minha Avó Elita, outro não dava sinal de vida a dias, no entanto era “Pixú” (foto) o cachorro de estimação que havia saído atrás de cachorras no cio.
Então, Isabel cansada de esperar por Tio Eli e este não chegar, foi reclamar para minha Vó Elita, ai a conversa foi bem engraçada, vejam:
Isabel: Dona Elita, você sabe me dizer por onde anda aquele Cachorro?
Elita: Sim minha filha, faz dois dias que ele saiu atrás de umas cachorras lá pra as bandas do rio e não deu mais sinal de vida.
Isabel: Bem que eu suspeitava, aquilo é um bicho imundo, eu vou matá-lo. E saiu dizendo desaforo pra todo lado.
Vovó ficou sem entender a raiva de Isabel de “Pixú”, pois o coitado só tava procurando namoro. Quando foi mais tarde, Tio Eli chegou na casa de Vovó dizendo:
Eli: Isabel tá muito braba comigo mamãe, pois a senhora disse que eu estava no rio com raparigas.
Elita: Eu? Não Eli, eu não disse isso! Ela chegou procurando pelo o cachorro, eu disse que “Pixú” tinha ido atrás de cachorras lá pras bandas do rio.
Eli: Ah mamãe, a senhora e ela entenderam tudo errado!
Pra Tio Eli explicar esta história a Isabel e ela acreditar, levou tempo...
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